O que é sustentabilidade?

O termo sustentabilidade está muito presente na mídia. É importante saber que existem definições e entendimentos um tanto diferentes, uns mais amplos e outros mais restritos do que de fato é a sustentabilidade ou o tal desenvolvimento sustentável. Felizmente hoje já se chegou a uma certa concordância que desenvolver-se de forma sustentável é desenvolver-se suprindo as necessidades do presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprirem as próprias necessidades. Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas e vem sendo difundida desde então.

Uma analogia que gosto de fazer para entender o desenvolvimento sustentável é um exemplo simplificado de retirar água de um lago. Imagine que estamos retirando água de um lago que é alimentado somente por precipitação (água da chuvas). Se em um ano retirarmos água desse lago para nosso consumo em um ritmo mais rápido do que a água é reposta pelas chuvas, o nível desse lago vai cair ao final do ano. Não quer dizer que ele vai secar de vez, mas isso virá a acontecer se essa situação se repetir todos os anos. Ou seja, esse extração não é sustentável – estamos suprindo nossa necessidade de água no presente, mas nossos filhos e netos não serão capazes de suprir as necessidades deles no futuro, pois até lá o lago terá secado. Para haver a sustentabilidade, só podemos retirar por ano desse lago um volume de água igual ou menor do que aquilo que é reposto pela água da chuva todos os anos. Dessa forma, o volume do lago vai sempre se manter e gerações futuras vão poder usufruir dele da mesma forma que nós.

O conceito de desenvolvimento sustentável deve ser entendido em três dimensões : social, econômica e do meio ambiente. É o chamado tripé da sustentabilidade.

Isso significa dizer que para que se possa sustentar o desenvolvimento deve-se satisfazer esses três aspectos. Ou seja, desenvolvimento sustentável não é “apenas” o bem do maio ambiente, mas sim o meio ambiente integrado de forma holística com o bem estar social e desenvolvimento econômico. Não adianta um processo ser ótimo para o meio ambiente, por exemplo , mas não trazer benefício social para a população de seu entorno ou gerar prejuízo para seus empreendedores. Um projeto assim por melhor e mais bem intencionado que seja está fadado ao fracasso pois não é, de verdade, sustentável.

Por isso é tão crucial estarmos bem informados sobre a sustentabilidade, de forma a sermos críticos e aplicarmos seu conceito no mundo real e não no mundo “cor-de-rosa”. É preciso lembrar a princípio, praticamente toda atividade econômica tem impacto ambiental negativo. Não se deve proibir atividades econômicas somente por isso, exceto em casos extremos, pois proibir essa atividade significa reduzir a geração de renda e empregos e renda e benefícios sociais, logo vai na contramão da sustentabilidade.

A saída é pensar nas formas de amenizar esses impactos ambientais – usando a tecnologia como aliada, e aplicando princípios de prevenção à poluição e produção mais limpa. Outra estratégia muito interessante é compensar aquilo que não é possível amenizar. O que se deseja na sustentabilidade é balancear o bem estar do meio ambiente com o desenvolvimento econômico quando este é produtivo para a sociedade, no sentido de gerar emprego de boa qualidade e renda, gerando benefícios sociais.